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Polícia prende 15 suspeitos de agiotagem e tortura de 'clientes' que não pagaram dívidas no RS

Grupo assaltava bancos e emprestava dinheiro roubado. Um dos assaltos foi flagrado por câmera de segurança. Tortura das vítimas do esquema era gravada e usada para intimidar outros "clientes" devedores.

Por Gervásio Gonçalves em 11/04/2025 às 04:54:40
Mais de 300 ordens judiciais foram cumpridas em oito cidades. São 18 mandados de prisão e mais de 50 de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Tramandaí, Viamão, Cachoeirinha, Canoas e Guaíba.

Mais de 300 ordens judiciais foram cumpridas em oito cidades. São 18 mandados de prisão e mais de 50 de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Tramandaí, Viamão, Cachoeirinha, Canoas e Guaíba.

A Polícia Civil prendeu, durante operação na manhã desta quinta-feira (10), 15 pessoas suspeitas de fazer parte de uma organização criminosa envolvida com agiotagem e tortura de clientes que não pagavam o dinheiro que pediam emprestado no Rio Grande do Sul.

Mais de 300 ordens judiciais foram cumpridas em oito cidades. São 18 mandados de prisão e mais de 50 de busca e apreensão nas cidades de Porto Alegre, Alvorada, Gravataí, Tramandaí, Viamão, Cachoeirinha, Canoas e Guaíba. Além disso, houve sequestro de 96 veículos, de uma lancha, de 22 imóveis e bloqueio de 41 contas bancárias.

De acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa foi descoberta após assalto a uma agência bancária no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, em janeiro de 2023. O crime foi registrado em vídeo (veja acima). As imagens mostram os assaltantes usando papelão para não serem gravados pela câmera. Do local, foram levados R$ 556.479,52. Provas reunidas pela Polícia Civil indicam que os agiotas emprestavam dinheiro roubado dessa forma aos "clientes".

Como as dívidas eram impagáveis devido aos juros abusivos, segundo a Polícia Civil, os "clientes" ficavam em débito e atrasavam os pagamentos, o que fazia com que membros do grupo criminoso fossem atrás delas.

"A análise do material obtido durante as investigações deixou claro que os investigados, na medida que algum pagamento atrasasse, caçavam os devedores através de anúncios em aplicativos de mensagens, oferecendo, inclusive, dinheiro para quem fornecesse informações sobre o paradeiro de determinadas pessoas", divulgou a Polícia Civil.

Quando eram encontradas, essas pessoas que deviam dinheiro aos agiotas eram torturadas e as agressões eram gravadas em vídeos. As imagens, então, eram usadas pelos criminosos para intimidar outras pessoas que estavam em débito.

"Tais agressões serviam de alertas a outros devedores, ou seja, caso determinado valor não fosse pago, 'a vítima seria a pessoa do vídeo de amanhã'".

Ao longo do último ano, a Polícia Civil identificou 41 pessoas físicas e jurídicas com envolvimento no esquema. Elas devem ser responsabilizadas por usura (agiotagem), extorsão, tortura e lavagem de dinheiro.



Fonte: POA 24 HORAS

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