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Como estão os contêineres de lixo de Porto Alegre

Tampas quebradas, pichações, vandalismo, mau cheiro e lixo espalhado fazem parte da rotina da população ao descartar resíduos na Capital

Por Gervásio Gonçalves em 13/03/2025 às 08:30:35

Descartar o lixo corretamente em Porto Alegre tornou-se uma aventura insólita. Quem precisa colocar seus resíduos residenciais nos contêineres, de cor cinza, espalhados pela Capital convive com estruturas avariadas. Em um breve passeio pelo Centro Histórico, é possível identificar dezenas de coletores vandalizados e com lixo espalhado ao redor.

Um destes exemplos está em uma lixeira para resíduos orgânicos na rua Voluntários da Pátria, próximo da Estação Rodoviária, que está sem tampa, amassada e repleta de itens descartados incorretamente, como tapetes, plástico e galhos. O resultado é, além da sujeira, o mau cheiro para quem passa pelo local. Na rua Garibaldi, um catador encontrou um estetoscópio em meio aos sacos de lixo do contêiner orgânico, um equipamento utilizado por profissionais da área da saúde.

Fábio Garlete é recepcionista em um hotel localizado na rua Garibaldi e conta que a ação de catadores, ao abrir sacos de lixo, acaba por espalhar resíduos pela calçada e reflete no entupimento de bueiros ao longo da quadra. "O pessoal também acaba largando lixo seco ali, permitindo que o catador mexa no contêiner e espalhando pela calçada. Quando chove, acaba entupindo a tubulação de esgoto da rua. Acredito que essas lixeiras foram colocadas há 2 anos e nunca mais trocadas. Desde então, sempre estão com um problema ou outro", relatou.

Já ao longo da praça Brigadeiro Sampaio e da rua Washington Luiz, chama a atenção a quantidade de lixo espalhado ao redor dos contêineres. Além disso, alguns deles chegam a ser utilizados como mictório por moradores de rua. Já na rua Fernando Machado, o contêiner é utilizado como varal para secar roupas.

De acordo com o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), as novas estruturas coletoras de lixo substituirão as que estão em uso. Ao todo, são 2.950 equipamentos, sendo 2.250 com tampa móvel de coleta automatizada para resíduos orgânicos, de cor cinza, e os outros 500 em material plástico para a coleta seletiva, de cor verde.


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