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Ex-diretor da penitenciária de Rio Grande é sentenciado a 25 anos de prisão

Juntamente com dois apenados, ex-dirigente foi condenado pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro

Por Gervásio Gonçalves em 15/04/2025 às 05:40:08
As condenações são resultado das investigações da Operação PERG 2, realizada em julho de 2023

As condenações são resultado das investigações da Operação PERG 2, realizada em julho de 2023

Um ex-diretor da Penitenciária Estadual de Rio Grande (PERG), alvo de operação em 2023 e denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS), foi condenado pela Justiça. Ele foi sentenciado a uma pena de 25 anos, quatro meses e sete dias de prisão, pelos crimes são de corrupção ativa e passiva e lavagem de capitais.

Além disso, a decisão da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, se estendeu à perda de bens, em valor aproximado de R$ 1,3 milhão, confisco alargado de bens, perda definitiva do cargo público e interdição para o exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza pelo dobro do prazo da condenação. Dois apenados denunciados pelo GAECO-Sul também foram condenados a penas de reclusão: 13 anos, nove meses e 28 dias, e 12 anos, um mês e cinco dias, respectivamente. Todos os três deverão cumprir as penas inicialmente em regime fechado e pagar multa.

As condenações são resultado das investigações da Operação PERG 2, realizada em julho de 2023 e coordenada pelo promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas. Os investigados – entre eles, o ex-diretor da penitenciária, que chegou a ser preso na ação – facilitavam o ingresso de celulares, drogas e dinheiro para dentro da casa prisional. O grupo era um braço de facção que dominava o comércio de botijões de gás em Rio Grande. O policial penal tinha papel de extrema importância dentro da organização, com delitos praticados entre maio de 2021 e fevereiro de 2023.

Neste período, o ex-diretor, conforme o GAECO, recebeu mais de R$ 458 mil para permitir o ingresso de materiais ilícitos na penitenciária, e os apenados investigados lucraram quase R$ 4 milhões com o tráfico de drogas dentro do estabelecimento prisional. Em dezembro de 2022, ocorreu a primeira Operação PERG.

"A sentença então, ela vem a coroar o êxito da investigação do 10º Núcleo do GAECO com uma condenação exemplar para um servidor público que introduzia drogas e celulares para dentro da cadeia, acabando por obter um patrimônio expressivo e totalmente ilícito. Além dos crimes aos quais foram condenados, conseguimos também a perda do patrimônio ilícito por meio do confisco alargado, ainda que não tenha comprovação de outro crime. E para isso, contamos com o excelente trabalho do Núcleo de Inteligência do MP, que fez um estudo muito aprofundado, demonstrando que todo o patrimônio do ex-diretor era negativo, e, portanto, era um patrimônio ilícito. Esta é a primeira sentença de um total de seis ações penais contra este investigado", destacou Rogério Caldas.

Entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2023, o ex-diretor da PERG movimentou em suas contas mais de R$ 7 milhões, o que é completamente incompatível com sua condição de servidor público e sem outra fonte de renda lícita declarada.

Fonte: POA 24 HORAS

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