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Cpers denuncia

Ato em frente ao Piratini antecede votação de reajuste do piso do magistério na Assembleia Legislativa

Por Poa 24 Horas em 18/02/2025 às 17:52:57
Foto: Divulgação/Cpers Sindicato

Foto: Divulgação/Cpers Sindicato

Com o objetivo de denunciar o que define como "descaso" do governador Eduardo Leite (PSDB) com a educação e os educadores, o Cpers Sindicato e a Frente dos Servidores Públicos (FSP/RS) realizaram um ato em frente ao Palácio Piratini na manhã desta terça-feira (18). A mobilização ocorreu horas antes dos deputados estaduais votarem a proposta do governo estadual de reajuste de 6,27% para os professores.

Apesar da iminência do projeto de reajuste ser aprovado, os representantes da categoria e as centenas de professores que ocuparam a Praça da Matriz manifestaram uma série de críticas ao governo Leite. A presidente do Cpers, Rosane Zan, tem enfatizado principalmente a difícil situação de aposentados e funcionárias de escola que estão há 11 anos sem nenhum reajuste, além da sobrecarga e das más condições de trabalho que têm levado ao adoecimento dos educadores e educadoras.

A valorização salarial dos professores e funcionários de escola, de modo a proporcionar condições de vida dignas e à altura do trabalho exercido, foi uma das principais reivindicações. Mas não só: o Cpers também cobra o fim das Parcerias Público-Privadas (PPPs) na educação, sob a justificativa de que ameaçam a autonomia das escolas públicas e favorecem interesses privados.

Outra reivindicação citada por diretores do sindicato e representantes dos núcleos regionais do Cpers é a que se refere ao reenquadramento dos funcionários de escola em cargos em extinção para que possam recuperar direitos e melhores condições salariais. Além disso, a entidade cobra o fim do desconto previdenciário dos aposentados, considerando que muitos estão sem reajuste salarial há uma década.

"A sociedade precisa entender a importância da escola pública", afirmou Rosane Zan, destacando que o governo Leite e sua base aliada na Assembleia Legislativa têm o entendimento de que os educadores são gastos. "Não vamos aceitar. Somos seres políticos, formadores de opinião, e não vamos aceitar isso. Nós somos investimentos e não gastos."

Outras pautas reivindicadas pela categoria ao longo do ato, que durou cerca de duas horas, foi a defesa do IPE Saúde público e de qualidade, a rejeição à militarização das escolas e ao Projeto Escola Sem Partido – o Cpers entende que tais questões ameaçam a liberdade de expressão e o pensamento crítico no ambiente escolar.

A realização de concursos públicos e nomeações para reforçar o quadro de efetivos na rede estadual de ensino também foi uma demanda enfatizada.


Fonte: Correio do Povo

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