O problema dos gatos na Austrália, considerados invasores e uma ameaça à biodiversidade, atingiu um novo patamar com o anúncio de medidas drásticas pelo governo. A Ministra do Meio Ambiente, Tanya Plibersek, revelou um plano de ação que inclui a autorização da eutanásia e a caça de gatos encontrados na natureza.

O objetivo principal do plano é reduzir a população de gatos selvagens, que não têm donos responsáveis por cuidar deles. Isso envolve a autorização para a eutanásia desses animais quando encontrados abandonados, bem como a formação de grupos de caçadores amadores para controlar a população de gatos selvagens.

As novas medidas também impactam os gatos domésticos, com regras que buscam limitar sua presença na vida selvagem. O governo pretende impor limites ao número de gatos por família, obrigar os proprietários a manterem seus animais em casa durante a noite e criar áreas livres de gatos. A proposta foi disponibilizada para consulta pública até 11 de dezembro, com questionários enviados à população para coletar opiniões.

justificativa para essas medidas é a extensa ameaça que os gatos representam para a vida selvagem da Austrália. De acordo com o governo, os gatos selvagens são responsáveis pela morte de quase 3 bilhões de animais nativos anualmente, colocando em risco quase 200 espécies ameaçadas de extinção. Essa ação foi precipitada pela inclusão de 48 espécies na lista de ameaçadas, conforme relatado pelo jornal local Sidney Morning Herald.

Embora as medidas se concentrem principalmente em gatos selvagens, os gatos domésticos também têm um papel na ameaça à fauna nativa. Estudos mostram que um gato doméstico mata em média 186 mamíferos, pássaros, répteis e sapos por ano, enquanto um gato selvagem mata 748. No entanto, devido à maior densidade populacional de gatos domésticos, o impacto por hectare é maior. Quanto às medidas futuras em relação aos gatos domésticos, apenas o tempo dirá qual direção será tomada.