Ministra do Meio Ambiente afirma que situação se repete em outras comunidades indígenas do país. Marina participou do Fórum Social Mundial em Porto Alegre. Marina Silva participa do Fórum Social Mundial em Porto Alegre
Reprodução/RBS TV
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), afirmou que a "atitude genocida" do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) provocou a crise sanitária na Terra Indígena Yanomami em Roraima. A declaração de Marina foi feita durante presença no Fórum Social Mundial, nesta quinta-feira (26), em Porto Alegre.
"Foi a atitude genocida do governo de Bolsonaro que deixou essas comunidades completamente abandonadas, sem política pública de saúde, sem política pública de proteção à integridade de sua cultura, até mesmo a sua integridade física", disse.
Indígenas Yanomami enfrentam uma grave crise sanitária na reserva, a maior do Brasil, causada pelo avanço do garimpo ilegal e pela falta de assistência do governo federal. Em 30 anos de demarcação, o território vive atualmente o pior cenário de devastação ambiental, o que impacta diretamente na forma de vida dos indígenas.
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A ministra também disse que a situação dos Yanomami não é isolada, citando as comunidades Mundurucu e Caiapó
"O que acontece em Roraima com os povos indígenas, no caso aí a comunidade dos povos indígenas Yanomami, isso acontece em várias populações indígenas", falou.
Marina Silva também afirmou que o garimpo ilegal destruiu as terras e o estoque de alimento dos indígenas.
"Eles não têm mais acesso ao peixe como eles tinham anteriormente, não têm mais acesso às áreas de floresta para fazer suas coletas, as suas atividades tradicionais. Aquilo que se viu é a desestruturação cultural, é a desestruturação econômica e material de um povo que depende do seu território protegido para poder manter a sua integridade física, cultural e sua própria cosmovisão", afirmou a ministra.
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Proteção dos biomas
Marina Silva também destacou o foco que o governo deve dar à preservação dos biomas brasileiros. Além da Amazônia, a ministra citou o Pampa, que ocupa parte do território gaúcho.
"Nós já retomamos o plano de prevenção e controle do desmatamento não só da Amazônia, mas nos biomas brasileiros, e haverá também um destinado especificamente para o bioma Pampa", explicou.
A ministra disse ter conversado com o governador Eduardo Leite (PSDB) sobre a proteção dos campos sulinos. Para Marina Silva, a integração entre União, estados e municípios tiveram as vértebras "estilhaçadas no governo Bolsonaro".
Ministra Marina Silva em entrevista no Fórum Social Mundial em Porto Alegre
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