Os Candidatos que tiveram votações bem expressivas em pleitos anteriores não conquistaram vagas na Câmara de Deputados na eleição de 2022. Esportistas e comunicadores populares também não foram eleitos. Lasier Martins (Podemos), Nelson Marchezan Júnior (PSDB), José Fortunati (União Brasil) e Bibo Nunes (PL) não conseguiram se eleger em 2022
Personagens da política gaúcha que tiveram relevância local e nacional nos últimos anos não conseguiram se eleger no pleito de 2022. Nomes como o último prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior (PSDB), e o senador Lasier Martins (Podemos) não conquistaram votos suficientes e ficarão sem cargos públicos a partir do ano que vem.
O ex-prefeito da capital gaúcha, que chegou ao cargo em 2016 com 213.646 votos, já havia sido derrotado na tentativa de reeleição, em 2020, quando foi escolhido por 136.063 eleitores e ficou em terceiro lugar no pleito. Agora, na tentativa de um cargo na Câmara dos Deputados, Marchezan recebeu 62.599 votos e será suplente.
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Já o senador Lasier Martins, que chegou ao cargo em 2014, escolhido por 2.145.479 de eleitores, conquistou 26.692 votos na tentativa de se eleger deputado federal em 2022. O número representa cerca de 1% dos votos que o jornalista havia recebido oito anos antes.
Quem também fracassou na tentativa de se tornar deputado federal foi José Fortunati (União Brasil), que foi prefeito da capital gaúcha por seis anos, e Bibo Nunes (PL), deputado federal que foi um dos maiores apoiadores do presidente Jair Bolsonaro nos últimos quatro anos e que deixará de fazer parte do Congresso Nacional em 2023.
Fortunati chegou à liderança do Poder Executivo de Porto Alegre em 2010, após a renúncia de José Fogaça, de quem era vice, e ficou no cargo até o final de 2016, após ser reeleito em primeiro turno com 517.969 votos. Agora, na tentativa de se tornar deputado federal, o ex-prefeito conquistou 24.298 votos, cerca de 9 mil a menos do que em 2018, quando ficou como suplente em uma vaga ao mesmo cargo.
Bibo Nunes, um dos mais célebres bolsonaristas do Congresso Nacional, havia sido o 21º mais votado em 2018, quando conquistou. 91.664 votos. Agora, com cerca de 15 mil votos a menos, o candidato escolhido por 76.521 eleitores também será suplente.
Esportistas e herdeiros políticos
Nomes conhecidos do grande público, seja pela atuação como esportistas ou por herdarem sobrenomes históricos na política nacional, também não foram eleitos.
Ex-jogadores de futebol do Grêmio, como Douglas (União Brasil, que usou o apelido "Maestro Pifador" nas urnas), ou do Internacional, como Fabiano (PSDB, sob o apelido "Uh Fabiano"), não conseguiram conquistar as vagas que pretendiam na Câmara dos Deputados. O ex-gremista teve 35.538 votos, enquanto o ex-colorado teve 2.139 votos.
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O ex-judoca João Derly (Republicanos) teve 14.125 e não se elegeu deputado estadual, enquanto o ex-juiz de futebol Márcio Chagas da Silva (PSOL) foi escolhido por 6.738 eleitores e não obteve o cargo como deputado federal.
Juliana Brizola (PDT), neta do ex-governador do RS e do RJ Leonel Brizola, teve 68.865 e não conseguiu se reeleger deputada federal, cargo que ocupa desde 2011. Tiago Simon (MDB), que está no segundo mandato como deputado estadual, tentou a reeleição e conquistou os votos de 29.185 eleitores, que não o colocaram novamente no cargo. Ele é filho do ex-senador Pedro Simon.
O neto do ex-presidente João Goulart, Christopher Goulart (PDT), recebeu 1.128 votos e não conseguiu se eleger deputado estadual.