• Porto Alegre, 24/10/2024
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“Até hoje nunca vi ocorrência com resistência tão feroz de atirador”, relata comandante da BM

Edson Crippa desferiu dezenas de tiros contra seus familiares e as forças de segurança em Novo Hamburgo

Correio do Povo
“Até hoje nunca vi ocorrência com resistência tão feroz de atirador”, relata comandante da BM Cárcere privado encerra com morte de atirador em Novo Hamburgo
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A ocorrência de cárcere privado que acabou em diversas mortes e feridos em Novo Hamburgo, surpreendeu as forças de segurança pela violência de Edson Fernando Crippa, o atirador. Os policiais relataram que ele não cedeu a nenhuma das tentativas de conversas e negociações, respondendo com muitos tiros.

Claudio Feoli, comandante-geral da Brigada Militar, destacou a complexidade do caso, por causa da resistência. "Tenho 34 anos de Brigada Militar e até hoje nunca vi ocorrência com resistência tão feroz de um atirador, municiado com centenas de estoques”, relatou.

"Ele deu mais de 100 tiros, além das centenas de munições intactas apreendidas na residência. A ocorrência toda foi extremamente complexa, diante da resistência dele, mas em especial a retirada das pessoas”, explicou Feoli.

Ainda de acordo com quem esteve no local, além da resistência, Crippa tinha diversas armas e munições no interior do imóvel. "É um cenário de guerra”, classificou o chefe da Polícia Civil gaúcha, o delegado Fernando Sodré.

Foram feitas três aproximações com Briga Militar, Choque e Operações Especiais - na primeira, foram resgatados os agentes feridos; na segunda, o policial Éverton Kirsch Júnior, já morto; na terceira, foi possível resgatar os familiares. Os agentes confirmaram, por meio de imagens de drone, que não haviam outros reféns no local antes de efetuar a entrada tática final.

Foi encerrado após mais de 10 horas o cerco a um homem armado no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Pelo menos nove pessoas – duas mulheres e sete agentes - foram feridas e quatro morreram. Um dos mortos é o atirador, identificado como Édson Fernando Crippa, de 45 anos.

A ocorrência teve início ainda na noite dessa terça-feira, chegando ao fim nesta manhã, próximo às 8h30min.

De acordo com a Brigada Militar, uma guarnição foi despachada para a rua Adolfo Jaeger, por volta das 22h40min, após Eugênio Crippa, de 74 anos, ligar para o 190 informando que o filho Edson mantinha ele e a esposa reféns. Os policiais foram recebidos a tiros pelo suspeito, que depois correu para o interior do imóvel.

O soldado Everton Kirsch Júnior, de 31 anos, morreu no local. O pai e o irmão do atirador também foram mortos. A mãe e a cunhada do suspeito também ficaram feridas.

A partir daí, reforços foram acionados. Um guarda municipal e outros seis PMs foram baleados. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) esteve no local e, após negociação, decidiu entrar no imóvel, onde encontrou o atirador já sem vida. Ele era caminhoneiro e já havia passado por diversos cursos de tiro, segundo familiares. Durante a ocorrência, ele estava armado com duas pistolas, um rifle e uma espingarda.



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