IGP identifica apenado que estuprou mulher durante "saidinha" em Porto Alegre
Homem de 44 anos teve prisão preventiva decretada quatro meses após o crime
O estupro ocorreu em 16 de julho, na zona Sul da Capital, dois dias após a saída dele do Instituto Penal de Montenegro, no Vale do Rio Pardo. Isso porque ele havia recebido benefício de saída temporária, a chamada "saidinha", apesar de ter uma condenação por latrocínio.
A Polícia Civil indica que, no bairro Campo Novo, o apenado obteve uma arma de fogo e rendeu uma mulher de 18 anos. Ele obrigou a vítima a entrar em um matagal, onde a amarrou com lacres plásticos e cometeu o estupro.
De acordo com a 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), o criminoso vestia uma mascara durante o ato. A intenção dele era não ser identificado. Após violar a jovem, o estuprador ainda a teria ameaçado de morte caso ela fizesse denúncia.
Entenda o método de comparação genética
Ocorre que o Instituto-Geral de Perícias (IGP) coletou material biológico na roupa íntima da vítima, o que serviu de base para exames de comparação genética. A análise apontou compatibilidade entre a amostra colhida e o perfil genético do suspeito. Ele já havia sido incluído no banco de perfis genéticos da instituição.
O criminoso foi surpreendido quando dormia em um dos alojamentos do Patronato Lima Drummond. Ele foi encaminhado ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), onde permanecerá recolhido enquanto aguarda abertura de vagas em outra casa prisional.
Conforme policiais penais, além de ser estuprador, o homem também é apontado como responsável por esconder armas e drogas em unidades do regime semiaberto. Além disso, no dia 3 de setembro, ele foi flagrado quando tentava infiltrar uma garota de programa transexual no Patronato Lima Drummond.
O IGP explica que, quando um vestígio de tecido (como uma roupa ou roupa íntima) chega para análise, os peritos buscam visualmente a existência de manchas visíveis para teste. Quando é o caso, eles fazem um recorte e testam para presença de PSA, que é uma proteína prevalente no sêmen de homens.
Se a amostra testar positivo, é feita a extração do DNA dessa mancha e, depois, a comparação com a genética de suspeitos. Caso não enxerguem manchas visíveis, os peritos fazem uso de luzes forenses para enxergar manchas.
Quando o DNA de um suspeito é coincidente com o de um vestígio, é feito um cálculo estatístico com base na frequência daquela genética na população brasileira. Esse método costuma apontar valores superiores a 99,999% de raridade. Índices mais baixos são confirmados analisando mais partes do mesmo DNA.
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