O que se sabe sobre assassinato de grávida em Porto Alegre: suspeita monitorava outras mulheres, diz vizinha
Acusada encenava uma gravidez e chegou a simular parto após matar e retirar o feto da jovem morta
"Não senti o cheiro de nada. Ela disse que o filho era dela. Eu entrei em desespero e comecei a chorar porque eu também já perdi uma gestação. O que mais me chocou na hora foi a criança, porque também sou mãe e ele estava enroladinho e ela dizia ‘meu filho volta pra mim’”, contou a vizinha que atendeu a porta para ajudar a suspeita. “Depois percebi que ela estava em surto psicótico, porque ela suava e gritava muito”, complementou.
Ainda de acordo com a vizinha, a suspeita frequentava festinhas de crianças de outras famílias do condomínio. Conforme o relato, ela acredita que a mulher estava observando outras gestantes que moravam no local. Uma mulher grávida teria se mudado e a suspeita pediu aos vizinhos o telefone, mas eles não passaram a informação. E uma outra grávida foi contatada para ganhar um suposto carrinho de bebê, mas ela já tinha um e negou a doação.
Segundo a delegada Zinelli, o feto provavelmente faleceu devido à demora no parto e desnutrição. Em depoimento à polícia, o marido da acusada afirmou que a suspeita já havia perdido gestações anteriormente. A polícia acredita que o crime tenha sido premeditado e motivado pela frustração decorrente das gestações interrompidas.
A vítima, Paula Janaína Ferreira Mello, de 25 anos, estava desaparecida desde segunda-feira à noite e teve o corpo encontrado embaixo de uma cama, enrolado em sacos plásticos e cobertores, dentro da casa da suspeita. A jovem teria sido atraída pela criminosa por promessas de doações de roupas e de um carrinho de bebê.
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